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Editorial

Se tem uma coisa que a internet conseguiu mobilizar foi a tal da “liberdade de expressão”. Hoje, de fato, qualquer um pode dizer qualquer coisa, em qualquer lugar, para qualquer pessoa (o que, convenhamos, é muito bom!), mas a liberdade de expressão também tem gerado alguns conflitos.


Como todo mundo fala o que quer, do jeito que quer, tem muita gente sendo incompreendida porque muita gente não faz questão de compreender. Parece que deixamos de lado os príncípios básicos da boa convivência ou mesmo o princípio da reciprocidade, o qual postula: “(não) faça aos outros aquilo que você (não) gostaria que lhe fizessem”.


Não sou contra debates, diálogos sensatamente construídos e oposições de ideias. Questiono o uso indevido dos espaços coletivos para a veiculação de ofensas e discursos de ódio sobre discursos de ódio. Questiono argumentos sem base e um compêndio de palavras absurdas proferidas sobre o outro, ou pessoas que, cansadas da miséria (que passa ao largo de ser – apenas - material) em que se encontram, tentam resolver as coisas do seu próprio jeito.


Nossa Constituição Federal, em seu Art.5o , IX, nos diz que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”. Mas, no caso da aplicação de uma lei que pode assumir um caráter profundamente subjetivo, ficam dois importantes ensinamentos: “Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio” (provérbio indiano) e, ainda, “quem é cuidadoso no que fala evita muito sofrimento” (Provérbios 21.23, Bíbila Sagrada).

Por: Flávia Mota

Essa tal "liberdade de expressão"...

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