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Editorial

Violência contra a mulher: foi preciso cair no ENEM para a população dar a devida atenção

Por Victória Lôbo

O ENEM 2015 colocou à tona uma problemática antiga e que não é exclusividade da sociedade brasileira. Começou citando Simone Beauvoir em uma das questões e terminou, com louvor, com o tema mais aclamado dos últimos anos: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". 

 

Logo após a divulgação do tema, começaram os diversos comentários nas redes sociais e, mais uma vez, vemos a população dividida. Ao mesmo tempo que têm discursos muito bons contra a violência, em contra partida, surgem comentários repugnantes a favor. 

Vale pensar bem antes de postar uma coisa dessas! Será que essas pessoas escreveram a redação ressaltando o quanto a mulher deve ser submissa e que o homem, como ser superior, tem toda a razão ao violentá-las? 

 

A mulher ainda é vista como objeto, por mais que lute, por mais que existam leis, os seres do sexo oposto se acham no direito de usar palavras sem pudor, de bater e de submeter as mulheres a atos sexuais, sem o devido consentimento! E, o mais triste nisso é que, na mente conservadora, feita para idolatrar os homens, isso acaba tornando-se normal! A vergonha de explanar o que acontece faz com que aceitem, também por medo ou por crerem que esse é o seu dever. 

 

Sim, há quem ache que é inferior e, mesmo com movimentos contra, os homens propagam isso a todo momento. Então, o Enem 2015 só provou que inferior é quem ainda propaga discursos machistas e o certo é que, ao ferir os direitos humanos na redação #OsMachistasNãoPassarão!

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