Uma adaptação das HQs da Marvel, Deadpool é um anti-herói irônico e sarcástico que, além de retirar os miolos dos inimigos, arranca risos do telespectador. Ainda estou confusa se é um filme de ficção científica ou de comédia, não me recordo de um filme de heróis que me fizesse rir tanto (nem de um filme de comédia, para falar a verdade).

 

Wade Wilson era um mercenário, dizia matar pessoas mais maldosas que ele (como Dexter, só que com um nível de complexidade menor). Após ocorrer uma reviravolta em sua vida por causa de duas doenças: o amor e o câncer, Wade entrou em um programa que modifica as pessoas geneticamente (assim como Wolverine).

 

Uma das principais características do filme é a interação direta do personagem com o espectador, assim como acontece nas HQs. Em qualquer tipo de cena, Pool olha para a câmera para dar uma explicação ou apenas fazer um comentário sarcástico. É uma sacada diferente e esperta, dá uma dinâmica incomum ao filme.

 

Aliás, coisas incomuns estão virando comuns nas novas produções da Marvel desde que resolveram dar voz para heróis secundários. Deadpool (que teve uma aparição no filme Wolverine) lembra muito a série Jessica Jones (também da Marvel), principalmente pela questão anti-heroica, pelo egoísmo e a vingança. O que diferencia os dois personagens é a capacidade de matar e o autoconhecimento.

 

Deadpool é um filme com uma inteligência cinematográfica diferente, o excesso de flashbacks, câmera lenta e interrupções nas cenas o tornam uma inovação bem peculiar. Contendo, também, alusões a sucessos contemporâneos de diferentes linguagens (como animações e seriados).

 

Para quem gosta de super-heróis centrados em salvar o mundo e defender os oprimidos, talvez seja decepcionante assistir Deadpool. Para quem não se sente bem vendo pessoas degoladas e muito sangue também. Mas, para quem, assim como eu, gosta de coisas diferentes só uma dica ao tom Wade Wilson: vai logo assistir!