Divergente, Insurgente e agora Convergente, como lidar? Os primeiros filmes vinham sendo muito bem feitos, mesmo com o visível distanciamento da história dos livros. Os efeitos visuais eram legais, tinham uma preocupação com a realidade. E então chegamos em Convergente, o mais recente, lançado dia 10 de março.

Confesso que levei um certo tempo pensando no que escrever sobre, e aqui vão todas as minhas observações. Bom, a primeira é o que a sabedoria popular diz: “tudo demais é sobra”, nunca duvide do que seus pais e avós te dizem, algum dia isso vai se concretizar. A segunda é que as produtoras cinematográficas deveriam se preocupar muito com essas adaptações, elas têm um público-alvo pronto. E a terceira é que, bom, outra coisa que a sabedoria popular diz é que a expectativa é a mãe da decepção.

A tentativa de dividir a história em dois filmes mostrou, mais uma vez, que não é uma boa ideia. Na busca de aumentar a história, perdeu-se a real intenção de Convergente, a proposta e a carga política, de ser feito num futuro que não seja tão irreal quanto é comumente mostrado nos filmes de ficção científica, foi tudo deixado de lado para a tristeza dos que acompanham a história.

A renovação tecnológica foi outra problemática. O livro da Verônica Roth tem uma tecnologia bem simples, que mostrava o quão os moradores da Chicago utópica estavam aquém da realidade e se surpreendiam com um simples avião. A tecnologia do filme foi tão exagerada que me deixou com um sentimento de “o que está acontecendo? ”.

Ainda assim estou à espera do último filme, preciso saber o que o diretor Robert Schwentke vai fazer com a história. É incrível como um filme, mesmo sendo ruim, consegue fazer isso. É incrível, mas não é bom. Vão ao cinema e tirem suas próprias conclusões, não vou me prolongar e soltar spoilers. Acredito que todos deveriam passar pela experiência de assistir, se não pela história, para ver o Théo James e a Shailene Wodley atuando.